Finalizada que está a nossa participação na fase intermédia, termina também mais este ciclo desportivo que concretiza todas as vicissitudes de uma época difícil e atípica. Atingida que foi este fase tão importante à concretização dos nossos objectivos, tudo o que conseguíssemos, seria de realce dado o nível exigente das equipas participantes - Castelo da Maia - favorito à conquista do título e Leixões adversário de respeito que terá uma palavra a dizer nesta competição. Sabíamos que não teríamos uma tarefa fácil e que os jogos com o Leixões e Académica de São Mamede, definiriam a equipa que acompanharia o Castelo da Maia na passagem à final Four. O 1º jogo, nesse sentido, foi determinante para o restante desenrolar da prova, pois tudo fizemos para conseguir um resultado diferente perante o Leixões, de forma a ambicionarmos a algo mais, e não foi por muito que não o conseguimos. Adoptamos a estratégia correcta e as nossas atletas com altos e baixos deram corpo ao desafio, demonstrando uma boa atitude e vontade de ganhar o jogo. Por pormenores isso não foi possível e constatamos que estávamos bem mais longe de ter a possibilidade de passagem à fase seguinte. No 2º jogo e depois de um excelente 1º set, quebramos e fomos impotentes perante a força do Castelo da Maia. Para o último dia, reservamos o nosso desempenho mais frágil e arriscamo-nos a perder o jogo, o que acabou por acontecer, com uma equipa menos apta do que a nossa, mas que demonstraram uma atitude e vontade superior. A avaliação pelas razões que atrás adiantamos, não sendo completamente negativa, deixa-nos um pouco desiludidos pois mais uma vez poderíamos ter ido um pouco mais adiante, mas vieram ao de cima os problemas que ao longo do ano fomos sentindo e que caracteriza indubitavelmente esta época que agora caminha para o final. A equipa técnica assumiu este difícil desafio que foi crescendo com o aumento do numero de atletas que o grupo agora tem, mas é com orgulho que depois de uma época tão recheada de tantas coisas, onde se realça a nossa ida à Holanda, o grupo que há dois anos era de 14 atletas e acaba agora com 23, não se constatando saídas, mas pelo contrário, crescimento. Pena que o grupo não tivesse também crescido mais em maturidade, espírito de sacrifico, sentido de grupo, noção de confiança, porque aí poderíamos ter tido uma época ainda mais frutuosa. A equipa técnica fecha este ciclo de consciência completamente realizada e tranquila, e com o sentido de que, não obstante os erros, porque não somos perfeitos, nada fizemos que não voltássemos a fazer, e sabemos que lançamos sementes de valores que o tempo nos ajudará a confirmar com razão. O desporto deverá ser uma escola de educação, onde mais importante do que fazer jogadores é formar atletas, e esse propósito nunca deixou em nenhum momento de estar presente. Por diversas razões nunca conseguimos conquistar a confiança plena e a percepção da dimensão do que pretendíamos implementar, seja pela sempre e errónea imagem do passado, seja porque saberíamos e sabemos que este não é o caminho mais fácil. Mas... o desporto é mesmo assim... uma viagem com vários portos, onde o "até já!!!" deverá sempre imperar. O desafio do próximo escalão de juvenis, para onde o grupo agora parte, caracterizada com uma simbólica subida de rede que deve espelhar igualmente a subida da exigência, da responsabilidade, onde esperamos com um crescimento e maior confiança naqueles que sempre defendem acima de tudo os seus atletas - os treinadores!!! Uma palavra final, encerrada que está fase, para o incansável José, pelo imenso e incansável apoio que prestou à equipa técnica - assim vale a pena!!!. A época não estará ainda terminada, pois ainda nos esperam alguns jogos do AVP e a participação no EUROBOL2011, para que ainda possamos defender a nossa equipa e depois, sim, retemperar forças e voltar à luta!!! "
Jorge Pinto (Treinador de Voleibol) Ala Gondomar
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